margin-top:300px; "A GLÓRIA DA SEGUNDA CASA..." POR Thais Carneiro: agosto 2020

A depressão - Vivo morto

“A sensação persistente de tristeza ou perda de interesse que caracteriza a depressão pode levar a uma variedade de sintomas físicos e comportamentais. Estes podem incluir alterações no sono, apetite, nível de energia, concentração, comportamento diário ou autoestima. A depressão também pode ser associada a pensamentos suicidas.”

Hoje um dos assuntos mais falados em redes sociais, jornais, campanhas de prevenção, outdoor e etc, é a chamada: depressão. Embora seja um assunto muito bem tratado, somente quem já esteve nesta condição sabe o verdadeiro vazio que é sentido. O buraco, o sufocamento, a falta de ar, o seu interior dói intensamente, sua garganta seca, você se sente em uma gangorra... um dia está bem, no outro mal, sente falta de interesse pela vida, está em um local, mas ao mesmo tempo não se sente nele. É como se o mundo, as coisas e as pessoas girassem e você simplesmente ficasse parado(a) observando a sua autodestruição, sem forças, sem coragem, sem esperanças, sem vida, apenas respirando, sendo um vivo morto.

Eu fui depressiva por muitos anos, embora na época não saber exato o diagnóstico, sabia que algo estava errado dentro de mim. Mesmo eu estando rodeada de pessoas, sorrindo, fumando, bebendo, viajando, me relacionando, trabalhando, estudando, havia um ‘’nada” dentro de mim. Foram inúmeras tentativas de suicídios. Duas delas me marcaram. 

A primeira estava prestes a me jogar de um viaduto muito famoso no centro de São Paulo, no qual me debrucei, e quando tomei coragem em começar os “preparativos”, chegou um senhorzinho ao meu lado me distraindo com um simples questionamento: “é alto aí, né?’’ Olhei para ele com a cara de “de onde você surgiu? Está me atrapalhando”. Mas os meus lábios apenas corresponderam “Sim, é alto”, quando me virei para olhar novamente o abismo que me separava das grades e o chão do viaduto, voltei o meu rosto para olhar novamente para o senhorzinho que havia me “atrapalhado”, porém, ele havia desaparecido. Na hora fiquei inquieta, pois sabia que Deus havia enviado aquele... Homem? Anjo? Protetor? Guardião? Talvez o Batman rsrs Brincadeiras à parte, a verdade é que depois do que presenciei não consegui concluir com o esperado.

O tempo passou, e novamente entrei em uma forte crise de depressão. Com ela outra vez a tentativa de suicídio. Desta vez eu iria concluir com êxito, segundo pensava. Me lembro como se fosse hoje. Eu tirei uma foto sorrindo e disse a mim mesma que seria a minha última lembrança para os meus familiares (A minha ideia é que a foto servisse de consolo por um bom tempo. Para eles lembrarem de mim sempre sorrindo, embora o sorriso fosse apenas por fora). Naquela semana aconteceram inúmeras coisas na minha vida, eu estava me sentindo sufocada, pressionada, inquieta, solitária (mesmo rodeada de muitos). 

Não sabia a forma, se por enforcamento, me atirando de algum lugar, tomando veneno, eu simplesmente só queria acabar com tudo e teria que ser naquela semana. Os dias foram se passando, e eu não sabia qual a forma exata e eficaz para eu não sofrer tanto fisicamente. Porém, uma voz ecoou dentro de mim dizendo “Agora você vai escolher: o céu ou inferno”. Ali eu soube que seria minha última oportunidade com Deus. Eu me encontrava afastada por um bom tempo, e aquele chamado fez barulho dentro de mim. E então eu escolhi ficar com o céu.  Contudo, fiz um desafio com Deus, eu disse que daria dois meses a Ele para eu ter uma verdadeira experiência, caso contrário, terminaria o que havia começado. Ele então aceitou o desafio.

Não foi algo fácil, tive que renunciar muitas coisas e pessoas, que inclusive eram tóxicas. Mas valeu, pois antes de completar os dois meses eu tive a melhor experiência da minha vida (relatei em uma postagem – É na humilhação que Deus nos vê - Encontro com Deus) que me curou, sim curou a depressão, eu passei de fato ser feliz por dentro. Aquela dor da alma sumiu imediatamente quando Ele me tocou. Hoje tenho lutas, momentos de tristezas, mas são momentâneos, não duram, pois Ele dentro de mim me deixa em paz, alegre, confiante de que é somente uma fase, e que logo vai passar. Depois que eu o Encontrei, passei a enxergar a vida de uma outra forma, Ele me trouxe a vida, a verdadeira alegria.

Talvez você se encontra na condição que um dia eu estive, sem saída, pensando em se matar, sem perspectiva... E hoje se deparou com esse texto. Saiba que você não está lendo tudo isso atoa. O Mesmo que me chamou, te chama, ouça essa voz. 

Não estou aqui para impor: religião, igreja, crenças, segmentos religiosos, doutrinas e etc. Estou apenas tentando demonstrar que o único que pode te trazer a vida é DEUS. Pois através dEle você vai deixar de ser um vivo morto. 

Na fé.

A intimidade com Deus

Quando conhecemos uma pessoa, logo querermos saber mais sobre ela. Saber sobre os seus gostos, projetos, planos para o futuro, hobbies etc. Com o passar do tempo, aquela amizade se torna cada vez mais íntima, à ponto de você compartilhar segredos que jamais confiaria a qualquer pessoa. 

Com Deus é a mesma coisa, temos um Encontro com Ele, somos selados com o seu Espírito, e logo começamos a desenvolver uma comunhão. 

Para uma verdadeira intimidade com Ele, é precioso muito mais que orações realizadas por "desencargos de consciência", são necessárias conversas. Muitas pessoas acreditam que o fato delas terem orado à Deus no começo ou no final do seu dia ou lido a palavra, já possuem uma intimidade. 

No entanto, Deus não quer de nós algo monótono, automático e obrigado. Ele quer participar da nossa vida em tudo. Seja para contar a Ele como foi o nosso dia, as angústias, medos, receios, alegria, tristezas, sentimentos, opressão, fazer pedidos, as crises de estabilidade emocional, pensamentos que jamais contaríamos a qualquer pessoa, enfim contar a Ele como o seu interior se encontra.

Quando eu comecei a desenvolver essa intimidade com Ele, passei a incluí-lo em todas as minhas ações. Até nas coisas consideradas bobas para alguns, mas para mim eram e são de suma importância. As consideradas ''bobas'', sempre me trouxeram estímulos para cada vez mais fazê-lo participativo no meu dia-a-dia, e a prática deste hábito faz com que você passe a confiar mais nEle, o faz saber quem de fato governa a sua vida e o grande amigo que tem ao seu lado.

O tempo é um grande aliado para uma intimidade sólida, pois através das nossas experiências boas e ruins nos tornamos mais dependentes do ombro amigo do nosso querido Pai, no qual nos torna resilientes com toda e qualquer situação, pois é Ele quem nos guiará para onde devemos ir, quando nem sabemos o caminho a seguir.

Na fé.